BLOGGER TEMPLATES AND TWITTER BACKGROUNDS »

20 de abril de 2013

Doce abraço



Toda noite a vejo acordada, em pé olhando pela janela. A chamo para cama, mas o silêncio do seu olhar chega ser tão profundo quanto a escuridão lá fora. O vento lento e frio faz as cortinas voarem a sua volta, faz sua pele gélida arrepiar, e no estranho conforto do nada, seus braços se abraçam lhe trazendo um leve sorriso. A chamei novamente para cama, mas ao fechar os olhos por alguns minutos na esperança de vê la na cama ao meu lado, ela desaparece. A porta estava aberta e do lado de fora vinha um triste cantarolar. Lá estava ela em meio a neblina da noite, indo e vindo, cantando suas dores, brincando com a vida a beira do penhasco. Seus pés fitavam o precipício, sua alma se inclinava cantando enquanto seu corpo rodopiava. Lá embaixo o mar parecia acompanhar sua canção, parecia pedir sua alma. Suas mãos foram ao céu e no silêncio seu leve corpo caia de encontro com a maré agitada, um doce e sincero abraço. Após a queda, pude ouvir sua voz cantarolando, sua voz se distanciando cada vez mais.
Ela ainda estava olhando pela janela quando abri meus olhos. O vento lento ainda tocava seus cabelos espalhando seu perfume por todo o quarto. Em pé ao seu lado, notei o medo em seus olhos e as lágrimas que molhavam seu rosto.
- Fica comigo! - disse ela me abraçando - Não acontecerá... Talvez não tão logo, mas não chore caso aconteça. Por favor!
- Não acontecerá! Estou aqui agora!
#To IRIS CAMPOS

13 de abril de 2013

Meu mundo



Olhei para os seus olhos e não eram mais lágrimas que corriam deles, ao invés disso, um sorriso lentamente desenhou-se em seu rosto. No horizonte logo atrás de você, o Sol aparecera acompanhando sua beleza. Sua alegria fez o mundo mais belo.
Seu sorriso começou a se desfazer subitamente, olhos preocupados tomaram conta do olhar alegre e tímido. Sua mão subiu até sua boca, como se não quisesse acreditar no que via logo atrás de mim. Sem entender tentei confortá-la, mas sua postura agora estática em choque me preocupou. Percebi seus olhos indo do céu até ao chão. A grama próxima aos meus pés haviam secado, em seguida pude ouvir fortes trovões vindos de trás de mim, olhei pra trás e pude ver o céu negro se formando, o vento forte e frio, o mar agitado. Nada de anormal pra mim. Meu mundo sendo como ele costuma ser.
Se afastando de mim, suas lágrimas voltaram a cair.