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8 de dezembro de 2014

Sintético



Perder o chão debaixo dos pés sem cair. Mergulhar numa nebulosa apenas fechando os olhos. Ver o que não exite e flutuar. Ver a si mesmo aonde não há espelhos. Sentir-se fora si. Olhar pro céu iluminado por luzes coloridas. Ver cometas rasgarem o céu. Sentir-se só em meio a multidão, livre de olhares alheios. Ver a fumaça se dissipar lentamente.O cheiro adocicado no ar. Leve.

Sentir a inexistência tornar-se existência momentaneamente.
Sentir-se inexistindo.
Vividez sintética.


4 de dezembro de 2014

Pessoas especiais



A Verônica é a pessoa mais legal que eu conheço, simpática e contagiante. Seu carisma transborda em um lindo sorriso fazendo qualquer um sorrir também, é inevitável! Um olhar basta para saber que pessoas especiais existem, mas como ela não há! ;D

Pessoas especiais assim, ficam em sua cabeça quase o tempo todo, surgem as vezes do nada e por mais que você tente afasta-las de sua cabeça, é quase impossível parar pensar. Rostos e vozes. Basta uma simples lembrança e logo o riso aparece, e lá está você rindo como um besta sozinho.

Esse tipo de pessoa, especial, nos deixa sem palavras.
Não há inspiração suficiente que permita eu expressar minha gratidão em ter pessoas assim, tão perto.


28 de outubro de 2014

Subindo lenta e leve





O mundo poderia parar e deixar essa densa fumaça flutuando sobre meus olhos. Somente a deixe dançar.
Esquentando a garganta.
Subindo leve.
Desenhando no ar.
Pare o tempo mas não deixe o ritmo parar, a música silenciar, a brisa passar.



   matando nossos pulmões, criando nossos melhores sonhos reais


27 de agosto de 2014

Definição indisponível...



Provavelmente a tarefa mais difícil para alguém é a auto-avalização. Quem sou eu? Colocar um espelho a sua frente e com uma lupa vasculhar todas as suas entranhas não é nada fácil. Sonhos, desejos, memórias, personalidades, fazem parte da pequena parte daquilo que te define.
Parece ser fácil. Provavelmente em alguns segundos alguma resposta superficial virá em sua mente, você dirá sua profissão, seu status, rótulos sociais... não é disso que estou falando!
A verdadeira auto-avaliação é dolorosa e machuca profundamente quando constantemente não se encontra resposta alguma, nem mesmo as superficiais. 
:(


25 de julho de 2014

Viva



A vida só não é perfeita, por que deixamos nossas super expectativas ofuscarem as pequenas coisas, os pequenos detalhes da vida. Pensamos muito longe, isso é bom, muito bom, mas deixamos a espontaneidade da vida de lado para seguirmos planos pensados e calculados com todo cuidado, planos que ao final não fazem menor sentido. Amaldiçoamos todo e qualquer imprevisto, gritamos e berramos quando nossos planos desviam míseros graus da direção planejada. Pra quê? Qual o sentido de tudo isso? A vida vai passando, passando bem do seu lado, mas toda sua postura e concentração não a deixa perceber. São os detalhes que montam a beleza da vida. Um simples inclinar do olhar para cima, uma música que toca ao longe, a percepção dos detalhes das coisas, objetos, vozes, pessoas, cores, tons, sentimentos. A vida é imensuravelmente cheia de detalhes incríveis.

10 de junho de 2014

Esse amor em minha mente



Ia escrever sobre o amor, mas não sou bom nisso...
Pensei em escrever algo bonito, mas não consigo me concentrar, a todo instante penso nela.
Tudo para e me transporto pra um lugar só nosso, onde somente eu conheço.
Tento voltar as minhas atividades, mas lá vem ela novamente.
Pensei em estar com falta de atenção nas coisas que faço, disperso, mas acho que é paixão. Eu não sei.
Então você parece novamente e ficamos deitados em sua cama olhando para o teto.
Uma suposta carência me pareceu fazer algum sentido... Ela aparece outra vez rindo de mim.
Tento não pensar, tento imaginar como seriamos feliz ao mesmo tempo. Essa confusão me destrói.
Essa paixão, se platônica, me dá medo, me faz parecer idiota
Estou deixando muitas coisas de lado, involuntariamente, pra me ocupar pensando nela.
Estou vivendo assim meus últimos dias...
Não consigo me diagnosticar, nem mesmo a matemática pode definir. Pra mim isso é novo e não posso me remediar.

#JehC




4 de maio de 2014

Solidão confusa



Ainda dói, saber que o vazio ainda existe.
Ter uma vida focada em ter todos a sua volta e ao mesmo tempo não saber se todos te querem por perto.
Vazio de ter alguém que te queira. De verdade. Que se agrade com sua presença.
Essa dor, incômodo, parece ir embora as vezes, mas quando você menos nota, ele volta e deixa tudo muito mais confuso.
Solidão pode ser a solução de alguns problemas, mas desde que seja uma solidão por opção, pois a solidão involuntária dói.
Parece que quanto mais me aproximo, mais me afasto.
Solidão confusa.
Solitário por achar que incomodo.

29 de abril de 2014

Leave Out All the rest



Eu sonhei que estava desaparecido, você estava tão assustada
Mas ninguém escutava, pois ninguém mais se importava
Depois do meu sonho, eu acordei com esse medo
O que eu deixarei, quando eu morrer?

17 de abril de 2014

Desejo desconhecido



Rolando entre os dedos. Brincando com o recém vício.
Pequenas brasas rastejantes vindo em sua direção, refletindo uma ponta de luz nos olhos.
Aquietando a alma. Preenchendo os pulmões virgens. Viajando solto ao vento.
Futilidade desejosa.

Estranha abstinência



Moletom azul escuro vestido, vapor do frio saindo por suas narinas.
Sentindo uma necessidade estranha acompanhá-lo.
Abstinência de algo que seu corpo jamais provou. 
Um certo vício desconhecido bombeando seu sangue mais rápido.
Músculos contraídos sentindo o arrepio subindo sua espinha.
Vontade de estar só, mas com alguém. Estar só juntos, mas só.
Sentimento estranho, indescritível.
Rebordosa.
Sofrendo do vício nunca provado.


15 de abril de 2014



As palavras vem em vão e por fim acabam dando sentido algum a nada. Tento ao máximo tirar de mim o que sinto, tirar de mim em palavras e o máximo que consigo são trechos de um nada muito complexo, que somente essa engrenagem muito louca na minha cabeça é capaz de decifrar. E quão útil é se com ninguém posso compartilhar.

Vivo sob a sombra do medo, medo das minhas próprias palavras e principalmente meus pensamentos. Tenho medo de me prender pra sempre nas palavras que saem. Tenho medo de me asfixiar com as palavras que ficam presas .

Embora eu tenha escrito tudo isso, nada disso é exatamente o que eu queria dizer. O que realmente preciso tirar de mim ainda está agarrado em meu pescoço, como um laço bem apertado, tentando elevar meu corpo.

9 de abril de 2014

Alguém





Ninguém para depositar sua paixão.
Ninguém para conversar até chegarem aos absurdos sem nexo.
Ninguém para abandonar de vez a razão.
Ninguém para ficar a vontade, sem pudor.
Ninguém para entender sem se quer falar.
Ninguém para entrar sem bater, sem pedir licença.
Ninguém para rir apenas por ter trocado olhar.
Ninguém para faltar com cordialidade.
Ninguém para dividir seus segredos e depois rir de das coisas sérias.
Ninguém para confiar o suficiente para se tornar livre.
Ninguém para livra-lo de seus medos.
Entre muitos, não há quem.
Ninguém para torná-lo alguém.



19 de fevereiro de 2014

Mais fundo



Não conto mais os dias. Não percebo os anos passarem. Não há assunto, nem motivo para sorrir. Não há mais respostas para os porquês.

Tudo está como está e nada muda.
Tudo vai e volta somente o que não queremos.

É tão estranho ver certos olhares e bocas pequenas sussurrando algo de longe.

O poço vai ficando mais fundo, bem lá no fundo, em mim, bem dentro de tudo, bem vazio.




13 de fevereiro de 2014

Apague a luz



Deixe a luz sair do meu quarto.
Me deixe a vontade.
Apague a luz. 
Tranque a porta. 
Deixe tudo aqui em silêncio.
Me deixe na cama.
Olhe em meus olhos.
Só me diga adeus.
Não mexa em nada, deixe tudo como está.
Meu coma é essencial.
Me deixe morrer aos poucos se necessário. Mesmo que por um momento.

9 de fevereiro de 2014

Fuga



De repente aquela vontade de se afogar. Mergulhar em algo, algum sentimento, alguma bebida, um entorpecente qualquer. Me perder pra sempre, mesmo que por algum momento, mesmo que me deixasse viciado, mesmo que toda angústia voltasse depois. Não me importo caso ocorra uma amnesia, não me importo caso eu me perca. 
Apenas um mergulho e tudo estaria bem. Fechar os olhos e me ver em outro lugar, um lugar utópico.
De repente aquela vontade de não estar mais aqui, só por um momento, um momento chamado eterno talvez.

4 de fevereiro de 2014

Silêncio



A morte assopra em meus ouvidos e tudo silencia-se. Meus lábios lacrados pelo medo transferem todas as palavras para meus olhos. Sinto o coração em meus ouvidos, ouço ele pulsar.
Penso na loucura, penso na insanidade completa, penso nos riscos.
Penso no descanso.
"Está tudo bem" flui vazio da minha boca, desliza sem rumo.
O resto torna-se o todo e nada mais importa.
A morte sussurra novamente em meus ouvidos e o medo me faz cair do 32º andar em direção a avenida movimentada em meu pensamento.
Tudo ressurge, tudo volta, sempre, sempre, de novo e mais uma vez tudo silencia-se.
Tudo torna-se um.
E o silêncio não se desfaz.



29 de janeiro de 2014

Manchas



Procurei o gosto do entorpecente em minha boca. Juntei saliva esperando que algo ali dentro dissolvesse. Nada. Já havia passado tudo aquilo que havia me preenchido. Foi goela abaixo. Tentei prender a respiração, deixar minha pressão cair, talvez um desmaio, quem sabe... Sem sucesso.
Logo as lembranças vieram, as manchas nas paredes voltaram, percebi a poeira que caia do teto apodrecendo devagar.
Fechei os olhos pra fugir dali.
Tentei cantar algo bem alto pra não ouvir o que eles diziam.
Tentei confundir minha mente com fortes socos no chão, mas era mais forte que a dor física.
Me levantei do chão e sai correndo pela porta dos fundos, tentei ir pra bem longe, mas a cada vez que meus olhos se abriam lá estava eu, sentado, olhando para aquelas manjas que gritavam meu nome.
Procurei algo pra me tirar dali
Procurei fugir de toda lembrança
Talvez nada mais seja suficiente pra limpar essas manchas que voltam a me atormentar. Nem mesmo algumas noites fora de mim.