BLOGGER TEMPLATES AND TWITTER BACKGROUNDS »

11 de janeiro de 2010

Um amante do vento [8]



[...]

Após eu ter tomado meu café, fui até o caixa pagar e encontro a garçonete, me dirijo até ela e a convido para assistir minha peça de teatro:
- Moça!
- Pois não, desejo alguma coisa? - Ela responde envergonhada.
- Não, eu só vim te agradecer pelo sorriso, você gostaria de ver minha peça de teatro?
Ela aceitou meu convite mas não tinha entendido, o porque de mim agradecer um simples sorriso. Eu pude ver em seu rosto uma grande surpresa, talvez ela nunca tivesse ouvido isso de alguém. Ela deu a volta no balcão e me abraçou e começou a chorar, eu fiquei surpreso, eu nunca esperaria isso de alguém. Isso alegrou meu dia, depois disso o Sol apareceu em minha vida, e o tempo chuvoso que cobria minha vida, acabou. Sai da cafeteria e fui até o teatro, chegando lá eu me sentei em umas das cadeiras pra poder ver um ensaio que estava tendo naquele momento, era um grupo de ballet, estava muito lindo, quando então vejo Lise em um canto do palco, ela parecia estar triste, fiquei preocupado com ela, ela sempre foi uma garota tão alegre, tão sorridente. Ela se levanta e começa a dançar com as outras meninas, era tão pefeito, quando Lise se desiquilibra e cai, mas se levanta e começa a dançar novamente. O ensaio acaba e quando ela estava indo ao vestiario pra se trocar e a chamo:
- Lise! - Eu grito seu nome.
- Charles, quanto tempo, onde você esteve todo esse tempo? - Ela diz vindo ao meu encontro.
- Eu estava com saudades de você, eu estive perambulando por ai, mas e o Rodrigo como ele está?
- Está bem, mas agora preciso ir, tchau Charles! - Diz indo embora.
Fico paralisado, sem nenhuma reação, eu nunca esperava encontrá-la aqui. Vou até o palco para estudar o espaço que a peça usaria, mas minha mente havia congelado, meus pensamentos haviam sido neutralizados, somente uma imagem tomava conta da minha cabeça e do meu coração: a imagem de lise sentada no palco e sua imagem vindo correndo ao meu encontro. Fiquei parado naquele palco, eu não sabia o que fazer, meu coração pulsava forte, parecia que ia explodir. Por alguns momentos pensei que estava apaixonado por Elisabeth Valêntis, a  Lise, mas ela namora e seu namorado é o meu melhor amigo, não pode ser, talvez isso não seja paixão. Fiquei confuso e começei a andar pelo palco imaginando minha peça, mas aquela imagem insistia em aparecer em minha mente, isso me deixava louco, eu não conseguia me concentrar e as vezes eu parava e cameçava me alegrar ao lembrar de seus olhos olhando pra mim e de sua boca conversando comigo, sua imagem invadiu minha mente e não consiguia mais sair.

[...] continua

Um amante do vento [7]



[...]

Continuo a andar sobre a estrada de terra e pedras, já posso ver a cidade, vejo as pessoas andando pra lá e pra cá, pessoas apressadas e ansiosas. Estou com fome. Vou tomar um café antes de ir ao teatro. Sentado em uma das mesas da cafeteria, espero a garçonete me atender, enquanto isso, fico obsevando as pessoas, suas faces, e seu andar, é engraçado. A garçonete chega até mim e com um sorriso ela me atende:
- Bom dia, deseja alguma coisa? - ela diz empolgada e com um sorriso maravilhoso.
Olho atentamente em seus olhos e percebo que algo está errado com ela.
- Bom dia, eu gostaria de tomar um café.
Eu não desvio o olhar dos olhos dela. Enquanto ela anota meu pedido eu continuo olhando seus olhos, procuro algo, seus olhos estavam me dizendo algo. Ela apara de anotar e olha pora mim com uma certa dúvida.
- Tudo bem com o senhor? Você quer mais alguma coisa?
Ela olha pra mim e ainda olhando em seus não falo nada, eu queria descobrir o que estava acontecendo com aquela mulher, mas eu não queria perguntar.
- Senhor, está me ouvindo? Quer mais alguma coisa? - Ela continua a perguntar.
- Oh, me desculpe, me destrai um pouco. Não, muito obrigado não quero mais nada.
Ela se direciona até o balcão, pega meu café e volta a minha mesa. Olho denovo pra ela e pergunto:
- Moça, me desculpe por sr intrometido, mas está tudo bem com você?
Ela abaixa a cabeça e então vejo uma lágrima escorrer pelo seu rosto. Ela enchuga seu rosto com o avental e diz que está tudo bem, ela volta ao balcão e se esconde atrás de várias anotações. Era inacreditável, como ela agia, com um sorriso tão grande e sincero, como ela pode estar sofrendo? Então a vida me mostra outra lição, que mesmo que você esteja acabado, sempre sorria, pois alguém pode estar precisando desse seu sorriso!

[...] continua
 

Um amante do vento [6]

O encontro



Meus olhos se abrem após uma profunda noite de descanço, posso sentir a macies do cobertor em minhas mãos. A luz do Sol bate em meu rosto me convidando pra mais um dia de solidão. Me levanto da cama e me arrumo pra ir até o teatro municipal, tenho que resolver algumas coisas para a proxima apresentação de teatro que eu estou escrevendo. Me arrumo pego minha cartola e minha bengala e saio em direção a cidade. Ainda esta ventando como ontem a noite, é inacreditável como o vento me persegue, como as coisas são maravilhosas nesse mundo que me assusta as vezes. Apoiado em minha bengala eu vou andando, com passos lentos e com um pouco de dificuldade, não sou velho, apenas tenho dificuldade para andar! O vento balança minha roupa como uma força de dança, é tão bonito a forma que as arvores acompanham o vento em uma dança hipnotisante. Então a vida começa me mostrar seu lado bom, seu lado alegre e colorido, começo a pensar sobre isso e a me emocionar.

[...] continua

10 de janeiro de 2010

Um amante do vento [5]


[...]

 Estou a espera de você, mas você nunca chega, por favor não me deixa sozinho com o vento, vem ao meu encontro, eu quero te conhecer. Meu coração está pedindo por sua presença aqui do meu lado, venha esquentar minhas noites frias, venha fazer companhia p/ mim, eu preciso de você, até quando vou ficar aqui na esperança de te ter?
  Finalmente chego em casa, chego ao único lugar em que posso me esconder da escuridão da noite. O vento continua a soprar lá fora, posso ouvir as arvores balançando, posso ouvir tambem o vento batendo nas paredes da minha casa. Mais uma noite fria e de solidão. Deito em minha cama e começo a pensar em tudo o que já fiz e vi que tudo o que fiz foi inutil e agora me vejo como um escritor e ex-ator fracassado. Começo a me perguntar quem na verdade sou, e do nada um grande silêncio invade minha mente. Meus olhos percorrem o quarto, então olho pra janela e começo admirar o céu, começo a lembrar das minhas peças e dos personagens e então um nome surge em meus pensamentos: Charles Dorwann, esse sou eu. Um escritor e ex-ator que é apaixonado pelo vento. Minha vida se resume em várias decepções, mas sei que isso é passado, tenho muito pra viver ainda.

[...] continua

Um amante do vento [4]

Ainda caminhando com meus passos sem fim, posso ver minha casa, tão solitária e sozinha como eu, essa paisagem que logo vejo em frente aos meus olhos, me faz lembrar da minha vida, um cenário de teatro arruinado, nuvens negras cobrindo meu céu e meus planos sendo jogados por água a baixo....

[...] continua 

8 de janeiro de 2010

Um amante dos ventos [3]


[...]

Como uma nuvem de chuva ela aparece em minha frente, rápida e que logo se desfaz com o vento, minhas mãos frias tentam tocá-la, mas não consegue. Derrepente uma música suave vindo do horizonte, entoa em meus ouvidos. É uma música tão bonita, tão delicada, essa musica me faz lembra de Lise, uma brilhante bailarina, uma donsela, que flutua sobre o palco e que faz de seus movimentos um espeteculo surreal, são movimentos que alegram. Essa música ainda continua a me seguir, meus passos em direção a minha casa, parecem estar acompanhando essa doce melodia. Será? Isso não pode ser. Será que estou apaixonado pela doce bailarina? Sua imagem me alegrava e me fazia flutuar na neblina que me cercava aquela noite, aquela longa noite em que o caminho aumentava a cada passo que eu dava. A neblina me acompanhava naquela jornada até minha casa.

[...] continua

7 de janeiro de 2010

Um amante do vento [2]

Minha ilusão



O vento me traz as lembraças que um dia poderá se tornar real, mas como pode ser tão real as imagens que me atormentam? É quase que impossivel descrever essa sensação, quando sinto em meu coração o amor misterioso da minha amada, onde ela está? Posso sentir quando ela me ama, é surreal, eu queria tanto poder amá-la, tocar sua face e sussurrar em seus ouvidos, mas onde eu poderei encontrá-la?
Estou voltando pra casa, mas meus passos parecem não sair do lugar, minha casa parece estar tão longe de mim. Mais uma vez a noite me espera pra me abraçar, com seus braços frios e solitários, queria poder estar com ela nesse momento, mas sei que minha única companhia agora, são meus pensamentos que insistem em me dizer que um dia eu a encotrarei.

[...] Continua

6 de janeiro de 2010

Um amante do vento...


 Com uma bengala velha e corroida pelo tempo eu ando com pouca dificuldade, o motivo pelo qual eu a uso? Não sei, a unica coisa que sei, é que  minha cabeça dói quando penso nela. Meus passos contados, meus olhos se enchem de esperança, minha mente que se atrapalha ao pensar em quão longe ela pode estar. Minha cartola esconde meus cabelos que ora o vento levava com um sopro suave. A neblina me diz que a noite ainda está presente e que o Sol irá demorar a aparecer. Seguido de um sopro gelado do vento, meu coração salta de ansiedade. Era um momento único aquela noite, onde eu estava prestes a encontrar minha amada. Sei que em minha cabeça as imagens pareciam ser reais e que ela estava presente em minha frente, mas eram apenas ilusões maldosas da minha mente pregando peças em mim...        [continua]