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29 de abril de 2014

Leave Out All the rest



Eu sonhei que estava desaparecido, você estava tão assustada
Mas ninguém escutava, pois ninguém mais se importava
Depois do meu sonho, eu acordei com esse medo
O que eu deixarei, quando eu morrer?

17 de abril de 2014

Desejo desconhecido



Rolando entre os dedos. Brincando com o recém vício.
Pequenas brasas rastejantes vindo em sua direção, refletindo uma ponta de luz nos olhos.
Aquietando a alma. Preenchendo os pulmões virgens. Viajando solto ao vento.
Futilidade desejosa.

Estranha abstinência



Moletom azul escuro vestido, vapor do frio saindo por suas narinas.
Sentindo uma necessidade estranha acompanhá-lo.
Abstinência de algo que seu corpo jamais provou. 
Um certo vício desconhecido bombeando seu sangue mais rápido.
Músculos contraídos sentindo o arrepio subindo sua espinha.
Vontade de estar só, mas com alguém. Estar só juntos, mas só.
Sentimento estranho, indescritível.
Rebordosa.
Sofrendo do vício nunca provado.


15 de abril de 2014



As palavras vem em vão e por fim acabam dando sentido algum a nada. Tento ao máximo tirar de mim o que sinto, tirar de mim em palavras e o máximo que consigo são trechos de um nada muito complexo, que somente essa engrenagem muito louca na minha cabeça é capaz de decifrar. E quão útil é se com ninguém posso compartilhar.

Vivo sob a sombra do medo, medo das minhas próprias palavras e principalmente meus pensamentos. Tenho medo de me prender pra sempre nas palavras que saem. Tenho medo de me asfixiar com as palavras que ficam presas .

Embora eu tenha escrito tudo isso, nada disso é exatamente o que eu queria dizer. O que realmente preciso tirar de mim ainda está agarrado em meu pescoço, como um laço bem apertado, tentando elevar meu corpo.

9 de abril de 2014

Alguém





Ninguém para depositar sua paixão.
Ninguém para conversar até chegarem aos absurdos sem nexo.
Ninguém para abandonar de vez a razão.
Ninguém para ficar a vontade, sem pudor.
Ninguém para entender sem se quer falar.
Ninguém para entrar sem bater, sem pedir licença.
Ninguém para rir apenas por ter trocado olhar.
Ninguém para faltar com cordialidade.
Ninguém para dividir seus segredos e depois rir de das coisas sérias.
Ninguém para confiar o suficiente para se tornar livre.
Ninguém para livra-lo de seus medos.
Entre muitos, não há quem.
Ninguém para torná-lo alguém.