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23 de dezembro de 2010

Pesadelo # - Fato real


Um dia passei por um grande pesadelo, faz algum tempo já, só não pensei em por no blog, mas agora decidi escrever!
# - - - - - - - - - -
Deitei por alguns minutos na cama da minha mãe para descansar, eu não queria dormir, mas foi inevitável, cai num profundo sono, não tive tempo nem de apagar a luz. Comecei a me sentir como se eu estivesse acordado, como se meus olhos estivessem abertos, eu podia ver tudo, mesmo dormindo. Me levantei e fiquei em pé ao lado da cômoda da minha mãe, então ouvi várias vozes sussurrando em meus ouvidos, foi estranho, duas imagens como fumaça apareceram, uma na minha frente e outra do meu lado, elas começaram a flutuar em minha direção e eu não pude me mexer, percebi que havia mais duas dessas atrás de mim. Eles chegaram bem próximos a mim, querendo me tocar, e realmente senti eles me tocando, foi assustador! Tentei gritar mas minha voz não saia, entrei em desespero. Minha visão começou a escurecer e meu corpo começou a cair lentamente, meus membros começaram a formigar e minha respiração ficou acelerada, não pude ver mais nada, apenas ouvia esses sussurros no meu ouvido. Abri meus olhos, eu estava no longo corredor da minha casa, minha mãe estava na sala, no outro lado do corredor, tentei gritar chamando ela, mas não saia nada. Eu queria sair daquele pesadelo mas não conseguia. Comecei a andar em direção a sala, quando meu corpo começou a flutuar, entrei em desespero, pois eu não tinha mais controle do meu corpo. Esses seres, de fumaça, me jogaram no teto e começaram a me arrastar de um lado para o outro, foi horrível essa sensação. Depois disso eles me pegaram e me jogaram de volta na cama, vi eles novamente ao redor da cama, eu estava imobilizado por alguma coisa. Me corpo começou a rodar na cama, como uma roleta, era como se eu levitasse por um tempo. Cai na cama novamente, minha respiração estava muito acelerada, olhei para parede e um deles estava lá, tentei acordar o mais rápido, eles começaram a desaparecer e meus olhos foram escurecendo e depois foram voltando ao normal. A luz do quarto estava apagada, e percebi que eu não estava com os olhos fechados (dormi com eles abertos?), minha respiração ainda estava acelerada mesmo depois do pesadelo, permaneci imóvel com medo de que o sonho ainda não tivesse acabado. Gritei pra minha mãe, e ela respondeu (não era mais sonho!), perguntei onde ela estava e ela disse que estava na sala, perguntei se ela tinha apagado a luz do quarto e ela disse que sim mas ela tinha acabado de apagar! O.o'
Tudo isso aconteceu quando ela apagou a luz do quarto, foi por alguns instantes, mas parecia que aquilo não ia ter fim. Parecia ter sido real. Até hoje tenho medo de dormir na cama dela!!!! 

# - Fato real

22 de dezembro de 2010

Mundo... apenas...



Sabe... Ando meio cansado desse mundo e de todos as coisas que acontecem nele, as pessoas, as conversas e todas outras coisas bizarras que o ser humano é capaz de fazer. Presas em aparência. Me sinto farto de tanta mentira e egoísmo. Cansei de viver em um mundo sintético, plástico, superficial. Uma rotina, sua vida se resume em rotina, sem sentimento, sem expressões, sem verdades, sem vida. Quero viajar até o mais alto do universo, sentir uma nova sensação, esquecer as pessoas e tudo o que há de mim nelas, quero jogar todos os pedaços de mim fora, pra bem longe, onde eu não possa os ver e jamais verei. Quero esquecer que existe um mundo em baixo dos meus pés, quero esquecer esses bonecos, conhecidos como humanos!     # - INlucidez

20 de dezembro de 2010

"Só os loucos sabem"


Gosto de pessoas estranhas, pessoas rejeitadas, pessoas imperfeitas, não sei por que, mas gosto delas! Gosto de estar com elas, ouvi-las, olhar em seus olhos e entende-las. Essas pessoas tem muito a dizer. Elas não são como os populares, eles são vazios, preferem o que os outros tem e não o que elas são. Prefiro estar com os inteligentes de alma, com aqueles que são esquecidos, com aqueles que não tem histórias pra contar, aqueles que não tem do que se gabar, pessoas simples. Procuro por pessoas de verdade, pessoas que olham nos seus olhos e se importam com você. Procuro pessoas diferentes, estranhas assim como eu!

19 de dezembro de 2010

Como um fantasma!


Todos em sua volta mas ninguém o vê. Você grita mas ninguém pode te ouvir. Você os toca mas ninguém pode te sentir. Você então se cala e deixa como está, pois sabe que mesmo tentando fazer de tudo, você ainda continuará imperceptível. Nada mudará, nada será tão interessante para os outros, suas palavras serão como o vazio e sua presença não será notada. Começa a viver então como um fantasma, perambulando pelos quatro cantos de tudo o que resta a você, tentando compreender todos as coisas e pessoas, todos os sentimentos que você jamais pôde provar. Tudo o que você mais quer é simplesmente ser ouvido, pelo menos uma vez, poder ter a sensação de que alguém se importa com o que diz, ver que há existência dentro de você e que não é um simples vazio. Mas enquanto isso não acontece continuo a escrever, com a esperança de que alguém perceba que não sou um fantasma, por mais complexo que eu seja, eu existo e estou aqui!

18 de dezembro de 2010

Ao menos uma vez...


[...]
 Quem me dera
Ao menos uma vez
Explicar o que ninguém
Consegue entender
Que o que aconteceu
Ainda está por vir
E o futuro não é mais
Como era antigamente.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Provar que quem tem mais
Do que precisa ter
Quase sempre se convence
Que não tem o bastante
Fala demais
Por não ter nada a dizer.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Que o mais simples fosse visto
Como o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Entender como um só Deus
Ao mesmo tempo é três
Esse mesmo Deus
Foi morto por vocês
Sua maldade, então
Deixaram Deus tão triste.
[...]

Legião Urbana - Índios

17 de dezembro de 2010

Palavras presas


Sabe quando as vezes você fica em frente ao espelho e permanece olhando pra si mesmo e nada vê além de você mesmo, você procura por algo a mais, olha todo o seu corpo e mesmo assim nada encontra. É o mesmo que andar na mesma rua, a mesma conversa de sempre, os mesmos sorrisos falsos. Você não se odeia, apenas esperava algo a mais de você. Seus olhos ficam perdidos, sem foco, não sabe onde colocar seus pés, é sempre a mesma coisa! Experimentar novas sensações, pular de novos penhascos, mergulhar no mais profundo do oceano, onde jamais puderam ir. Ver lebres pulando em seu quarto, ter um momento de alucinação assim como o de Alice, pelo menos uma vez. Onde? Onde você está nesse momento? Qual é a sua situação? O quão você está preso? Sei o quanto é difícil querer falar e não ser ouvido. Talvez seja por isso que escrevo palavras complexas, difíceis de entender, não são apenas histórias, são lágrimas em forma de letras. Talvez seja por isso que você não entende, porque você não sente! Sinta e se encontre!

16 de dezembro de 2010

Sei o que sente!


Em um lugar frio, vazio. Permaneço com minha cabeça baixa, sem pensamento algum, apenas um sentimento de esperança em te encontrar, em olhar em seus olhos. Posso sentir o que sente, posso ver seus olhos distraídos, suas mãos tímidas, tentando esconder o que sente. O vento balança seus cabelos, você os arruma novamente e olha pra mim. Seus olhos escondem segredos, segredos profundos que tento decifrar. Vejo você vindo em minha direção em meio a neblina, procurando por mim. Olho pra você e então um grande sorriso se espalha em seu rosto. Você então, vem caminhando lentamente até mim e me abraça, suave, delicada. Posso sentir teu coração agora. Olho em seus olhos e vejo sua imagem se desfazendo junto com a neblina. Foi apenas ilusão, foi apenas mais uma de suas imagens em minha mente, um desejo meu, apenas mais um sentimento seu, que toda noite tento decifrar. Sei que não está aqui, mas sei o que sente. Você é um enigma guardado em meu coração. Enigma que tento decifrar. Quem é você?

Inspiração:        Maaah...

14 de dezembro de 2010

Silencio


Mesmo que o silencio estivesse ao meu redor e pudesse me tocar , ele não conseguiria calar minha voz, nem reprimir minhas emoções, mas mesmo assim eu estaria nele. Mesmo que minha alma anseie por ele, ele jamais tomará minha vida por completo, jamais conseguirei preencher todo o resto do vazio que mantenho comigo. Ele é um lugar inabitável, um lugar sem direção, um lugar acolhedor. Ele me cerca como uma fumaça, minha alma dança, meu corpo flutua, sem medo, sem direção. Estou no silencio. Procuro pelo silencio. Procuro por mim mesmo, sem medo, no silencio.

7 de dezembro de 2010

Meu brinquedo de viver.


Cansei de viver na mesma roda gigante, rodando na mesma gaiola, na mesma velocidade, vivendo na mesma cinza, andando na mesma rua, sobre o mesmo luar de sempre. Com o mesmo ritmo de sempre, a mesma musica e sempre a mesma dança e o mesmo pensamento, as mesmas palavras. Falsa glorificação, auto glorificação, passos lentos e risos num espelho quebrado. Pra que tanta regra, tanta pressão, pouco sim e muito não. Vida aprisionada em minhas próprias limitações, meus medos. Sei que não posso ser tudo o que quero ser, mas sei também que não devo desistir dos meus sonhos, sei que lá na frente algo me espera, algo muito grande me espera. Meus olhos se abriram e pude ver que eu estava girando em uma roda gigante, fixa em seu eixo, sem movimento, uma falsa locomoção!


"Algo sempre me leva de volta a você. Não demora muito.
Não importa o que eu diga ou faça, ainda sinto você aqui, até o momento que vou embora.
Você me prende sem me tocar. Me aprisiona sem correntes
Eu nunca quis tanto algo, quanto mergulhar em seu amor e não sentir a tempestade [...]"
"[...] Você me amou porque sou frágil, quando pensei que estivesse forte.
Mas você me toca por um momento, e toda a minha frágil força vai embora."

Sara Bareilles - Gravity


5 de dezembro de 2010

Meu grito!


Minhas palavras se aprisionam na minha boca, elas se emudecem, não sai nem se quer uma palavra. Minhas atitudes se tornam mórbidas, minha alma se enfraquece, meus olhos olham para um céu vazio, sem estrelas, sem lua, sem brilho, sem vida. Tudo o que posso sentir no momento é o vento, é a minha alma desejando saltar pra fora de mim. Posso sentir um grito agudo dentro de mim, sou eu, querendo ser eu. Algo me chama pra dentro de mim. Quero me conhecer, mas não fazendo o que é errado, mas sim saber quem sou na verdade, quem é esse que grita dentro de mim. Me sinto revoltado, me sinto mais livre do que nunca!

15 de maio de 2010

Verso simples

Resumo palavras
Complico razões
Acrescento argumentos
Invento emoções...

Uma viagem sem fim!


Voando alto com as minhas asas da imaginação, vejo o horizonte se expandindo em meus olhos. Sinto as nuvens tocando meu rosto. Sensações inusitadas que me fazem subir mais alto e me aprofundo na escuridão do espaço. Me sentindo só em meio ao espaço começo a perceber que as coisas que pela quais eu já estava acostumado a viver e sentir, tinham valor também. Oho bem dentro de mim, vejo a Terra e mergulho como um grande raio que em dias de chuva anseia em tocar o chão. Fecho meus olhos e não penso em nada, me esvazio dentro de um pequeno quarto, um pequeno quarto que antes se chamava minha residência, minha habitação, meu porto seguro, um escoderijo onde ninguém jamais pudesse entrar, onde ninguém pudesse me encontrar. Já cansado de tanto subir e descer, chego a uma conclusão: porque não deixar etsra como está? Minha cabeça balança de um lado para o outro negando meu pensamento. Busco desafios, ilusões. Quero ser como um passaro, que viaja sem muito saber onde vai, ser livre!  

20 de fevereiro de 2010

O calor do Teu amor!!!


   Sempre frio  e escuro, vestido de máscaras, trincado e apenas com algumas gotas de vida. Embalado com denso lençol de mistério e acompanhado de enorme nuvem de chuva, nuvens cinzas. Caminhando pelas ruas molhadas pela chuva, observando o céu que as vezes brilhava com grandes raios. O vento soprava, impossivel senti-lo. Uma imagem distorcida era o seu rosto e apenas uma lágrima sem vida corria no seu rosto. Feridas que não sicatrisavam e um olhar sério tomavam conta de seu rosto. Sempre houve um alvo, sempre houve uma batalha em sua mente e sempre houve derrotas. Espelhos quebrados se espalhavam por todo seu interior, cacos de vidro perfuravam sua carne, seus olhos olhavam pro céu procurando ajuda, mas nenhuma palavra saia de sua boca. Quando estava ainda caminhando, uma voz interrompeu o silêncio dizendo: Me adore, não importe a circuntâncias, apenas me adore. Logo então a voz desapareceu e ainda caminhando ele sentiu uma imensa vontade de gritar, puxou todo ar que podia e gritou como nunca havia gritado, não foi um grito alto, mas foi um grito sincero. Depois disso as nuvens que o cercava foram embora, seu lençol ainda o cobria e as ruas não estavam molhadas mais, mas ele ainda se sentia frio e sozinho. Ele estava ansioso, ele queria encontrar o que ele mais procurava, quando então seus olhos se voltaram novamente para o céu e um grito do mais profundo da sua alma dizia: Deus faça-me Teu servo! Após isso ele viu que o segredo de tudo estava em suas palavras, a partir daí, a sua boca não permaneceu mais calada, suas máscaras cairam e o lençol de mistério que o envolvia já não existia mais, mas ainda faltava algo pra preenche-lo. Em nenhum instante ele pensou em parar de caminhar, mas apenas em um breve momento ele duvidou, pensou que ninguém pudesse ser seu amigo e que a frieza tomaria conta dele, quando ele então sentiu um grande aperto, ele não aguentou e se jogou no chão, lágrimas e mais lágrimas corriam do seu rosto, ele não entendia o porque disso, quando então percebeu que havia encontrado o maior tesouro do mundo: o amor incondicional. Foi ai que meu coração deixou de se sentir sozinho e que o calor do amor incondicional de Deus esquentou meu coração. O amor incondicional de Deus me trouxe vida, me trouxe luz. Tenho um amigo agora, ele deu a própria vida por mim pra que eu vivesse e hoje sou totamente grato por me fazer sentir Teu amor incondicional por mim!

"Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu filho unigenito, para que todo aquele que nele crer não pereça, mas tenha vida eterna." João 3:16

# - Fato real - Acampa 2010 - Revolução do Amor

10 de fevereiro de 2010

Pequenos grandiosos detalhes!



  Imagens que passam rapidamente pelo vidro do carro e outras que passam lentamente pelos meus olhos. Grandes campos verdes que forravam um lindo céu alaranjado pelo pôr-do-Sol.
  Ultimante tenho buscado palavras pra por tudo o que tenho pra fora. Tenho buscado sentimentos, razões, pessoas e coisas tão superficiais que não me levaram a nada, mas com uma simples imagem, eu pude revelar a mim mesmo o que eu sentia e o que verdadeiramente eu precisava. Foram poucos minutos em que aquela imagem encarou meus olhos "observadores", mas foram esses poucos e insignificantes minutos que me ensinaram a ver quem realmente sou. Parece inacreditavel, mas coisas tão comuns e desprovidas de valor para alguns, são as coisas mais importantes.
  Estava eu seguindo uma breve viagem junto a minha família, quando olho pelo vidro do lado esquerdo do carro e reparo em uma simples imagem, que me trouxe de volta a mim mesmo. Era incrivel como aqueles campos brilhavam diante de meus olhos, a partir daí, começei a sentir uma grande alegria dentro de mim. Meus olhos ainda fixados naquela imagem, comecei a pensar naquEle que o havia criado, pensei em quão bom Ele era e quantas coisas boas Ele tem feito, e a mais incrível criação feita por Ele, é eu e você. Há tempo em que meus olhos vinham me enganando, olhando apenas meus defeitos, mas após esse choque tão grande com a minha realidade percebi o quanto sou perfeito aos olhos do Pai! Foi então que percebi que deixamos de observar coisas tão lindas e grandiosas para obsrevar defeitos tão pequenos e insignificantes.

# - fato real!

9 de fevereiro de 2010

Teu perdão!!!


Observando o céu, ejo as nuvens formarem formas que são dificeis de compreender. O céu em um tom de azul claro e as nuvens brancas, pura, se desfazem aos poucos com o vento, um vento quente, acolhedor. Seus olhos permanecem fixos em mim, eu não consigo te enchergar de uma outra forma, por isso, te aceito mais perto de mim. Com a minha cabeça baixa, penso em quantas formas eu já tentei alcançar teu sorriso e quantas vezes eu fracassei, penso nas tantas vezes que abandonei os teus braços e me esqueci de você. Não consigo me livrar das lembraças que me trazem arrependimento, é um sinal! Em em uma breve pausa, consigo olhar em teus olhos, olhos de amor, e te peço perdão. Sinto uma lágrima correndo pelo meu rosto e vejo um sorriso se desenhando em seu rosto. Seus braços começam a me envolver, e sem poder mais suportar tanta tristeza ao pensar em quantas coisas eu já fiz de mal a você, me entrego aos seus braços e com uma voz suave, doce eu ouço: filho, eu te amo e te perdoo. Meu coração se enche de alegria e então como uma doce sinfonia sinto meu coração bater junto ao teu. Como é bom estar em teu colo Jesus. Te amo!!!!

6 de fevereiro de 2010

Um amante dos ventos [fim]

A despedida

Sem muito o que pensar cheguei a conclusão do quanto eu poderia faze-la sofrer. Ela já estava domada por um sentimento que eu não podera sentir ao longo da minha vida. eu só queria entender como é esse sentimento de amar. Talvez eu nunca saiba, ou talvez eu nem queira mais tentar. E então por obséquio da minha parte para consigo mesmo, preferi me polpar te toda esse sentimento que talvez obstara meus pensamentos. Talvez eu possa ouvir a alma do meu ser emplorando por socorro. Minhas mãos na areia do mar são cobertas pela água e o que eu posso fazer quando não desejo molha-las? Tirá-las do mar? Sim, é o único modo.
Ainda vagueando pelos meus pensamentos, me percebo só, em um canto, no meu mais profundo canto escuro, em algum lugar da minha alma que a tempo eu não a via. Eu não me acostumara com esses sentimentos, minha mente se localizava visando alvos insignificantes. Agora o que restava era apenas esquecer as lembranças que nunca vivera.
As lágrimas correm enquanto olho aquela pequena cidade onde morara minha vida, onde morara Lise, onde enterrei meu passado, e com um pequeno pedaço de lenço, eu enchugava minha ultimas lágrimas que caira naquele chão. Não havia mais motivos para permanecer ali, por isso, optei por partir, dali para qualquer lugar, qualquer lugar onde as cores não fossem somente cinza e branco, algum lugar para renascer, um lugar onde eu posso olhar pro céu e amar o vento.

[fim]

11 de janeiro de 2010

Um amante do vento [8]



[...]

Após eu ter tomado meu café, fui até o caixa pagar e encontro a garçonete, me dirijo até ela e a convido para assistir minha peça de teatro:
- Moça!
- Pois não, desejo alguma coisa? - Ela responde envergonhada.
- Não, eu só vim te agradecer pelo sorriso, você gostaria de ver minha peça de teatro?
Ela aceitou meu convite mas não tinha entendido, o porque de mim agradecer um simples sorriso. Eu pude ver em seu rosto uma grande surpresa, talvez ela nunca tivesse ouvido isso de alguém. Ela deu a volta no balcão e me abraçou e começou a chorar, eu fiquei surpreso, eu nunca esperaria isso de alguém. Isso alegrou meu dia, depois disso o Sol apareceu em minha vida, e o tempo chuvoso que cobria minha vida, acabou. Sai da cafeteria e fui até o teatro, chegando lá eu me sentei em umas das cadeiras pra poder ver um ensaio que estava tendo naquele momento, era um grupo de ballet, estava muito lindo, quando então vejo Lise em um canto do palco, ela parecia estar triste, fiquei preocupado com ela, ela sempre foi uma garota tão alegre, tão sorridente. Ela se levanta e começa a dançar com as outras meninas, era tão pefeito, quando Lise se desiquilibra e cai, mas se levanta e começa a dançar novamente. O ensaio acaba e quando ela estava indo ao vestiario pra se trocar e a chamo:
- Lise! - Eu grito seu nome.
- Charles, quanto tempo, onde você esteve todo esse tempo? - Ela diz vindo ao meu encontro.
- Eu estava com saudades de você, eu estive perambulando por ai, mas e o Rodrigo como ele está?
- Está bem, mas agora preciso ir, tchau Charles! - Diz indo embora.
Fico paralisado, sem nenhuma reação, eu nunca esperava encontrá-la aqui. Vou até o palco para estudar o espaço que a peça usaria, mas minha mente havia congelado, meus pensamentos haviam sido neutralizados, somente uma imagem tomava conta da minha cabeça e do meu coração: a imagem de lise sentada no palco e sua imagem vindo correndo ao meu encontro. Fiquei parado naquele palco, eu não sabia o que fazer, meu coração pulsava forte, parecia que ia explodir. Por alguns momentos pensei que estava apaixonado por Elisabeth Valêntis, a  Lise, mas ela namora e seu namorado é o meu melhor amigo, não pode ser, talvez isso não seja paixão. Fiquei confuso e começei a andar pelo palco imaginando minha peça, mas aquela imagem insistia em aparecer em minha mente, isso me deixava louco, eu não conseguia me concentrar e as vezes eu parava e cameçava me alegrar ao lembrar de seus olhos olhando pra mim e de sua boca conversando comigo, sua imagem invadiu minha mente e não consiguia mais sair.

[...] continua

Um amante do vento [7]



[...]

Continuo a andar sobre a estrada de terra e pedras, já posso ver a cidade, vejo as pessoas andando pra lá e pra cá, pessoas apressadas e ansiosas. Estou com fome. Vou tomar um café antes de ir ao teatro. Sentado em uma das mesas da cafeteria, espero a garçonete me atender, enquanto isso, fico obsevando as pessoas, suas faces, e seu andar, é engraçado. A garçonete chega até mim e com um sorriso ela me atende:
- Bom dia, deseja alguma coisa? - ela diz empolgada e com um sorriso maravilhoso.
Olho atentamente em seus olhos e percebo que algo está errado com ela.
- Bom dia, eu gostaria de tomar um café.
Eu não desvio o olhar dos olhos dela. Enquanto ela anota meu pedido eu continuo olhando seus olhos, procuro algo, seus olhos estavam me dizendo algo. Ela apara de anotar e olha pora mim com uma certa dúvida.
- Tudo bem com o senhor? Você quer mais alguma coisa?
Ela olha pra mim e ainda olhando em seus não falo nada, eu queria descobrir o que estava acontecendo com aquela mulher, mas eu não queria perguntar.
- Senhor, está me ouvindo? Quer mais alguma coisa? - Ela continua a perguntar.
- Oh, me desculpe, me destrai um pouco. Não, muito obrigado não quero mais nada.
Ela se direciona até o balcão, pega meu café e volta a minha mesa. Olho denovo pra ela e pergunto:
- Moça, me desculpe por sr intrometido, mas está tudo bem com você?
Ela abaixa a cabeça e então vejo uma lágrima escorrer pelo seu rosto. Ela enchuga seu rosto com o avental e diz que está tudo bem, ela volta ao balcão e se esconde atrás de várias anotações. Era inacreditável, como ela agia, com um sorriso tão grande e sincero, como ela pode estar sofrendo? Então a vida me mostra outra lição, que mesmo que você esteja acabado, sempre sorria, pois alguém pode estar precisando desse seu sorriso!

[...] continua
 

Um amante do vento [6]

O encontro



Meus olhos se abrem após uma profunda noite de descanço, posso sentir a macies do cobertor em minhas mãos. A luz do Sol bate em meu rosto me convidando pra mais um dia de solidão. Me levanto da cama e me arrumo pra ir até o teatro municipal, tenho que resolver algumas coisas para a proxima apresentação de teatro que eu estou escrevendo. Me arrumo pego minha cartola e minha bengala e saio em direção a cidade. Ainda esta ventando como ontem a noite, é inacreditável como o vento me persegue, como as coisas são maravilhosas nesse mundo que me assusta as vezes. Apoiado em minha bengala eu vou andando, com passos lentos e com um pouco de dificuldade, não sou velho, apenas tenho dificuldade para andar! O vento balança minha roupa como uma força de dança, é tão bonito a forma que as arvores acompanham o vento em uma dança hipnotisante. Então a vida começa me mostrar seu lado bom, seu lado alegre e colorido, começo a pensar sobre isso e a me emocionar.

[...] continua

10 de janeiro de 2010

Um amante do vento [5]


[...]

 Estou a espera de você, mas você nunca chega, por favor não me deixa sozinho com o vento, vem ao meu encontro, eu quero te conhecer. Meu coração está pedindo por sua presença aqui do meu lado, venha esquentar minhas noites frias, venha fazer companhia p/ mim, eu preciso de você, até quando vou ficar aqui na esperança de te ter?
  Finalmente chego em casa, chego ao único lugar em que posso me esconder da escuridão da noite. O vento continua a soprar lá fora, posso ouvir as arvores balançando, posso ouvir tambem o vento batendo nas paredes da minha casa. Mais uma noite fria e de solidão. Deito em minha cama e começo a pensar em tudo o que já fiz e vi que tudo o que fiz foi inutil e agora me vejo como um escritor e ex-ator fracassado. Começo a me perguntar quem na verdade sou, e do nada um grande silêncio invade minha mente. Meus olhos percorrem o quarto, então olho pra janela e começo admirar o céu, começo a lembrar das minhas peças e dos personagens e então um nome surge em meus pensamentos: Charles Dorwann, esse sou eu. Um escritor e ex-ator que é apaixonado pelo vento. Minha vida se resume em várias decepções, mas sei que isso é passado, tenho muito pra viver ainda.

[...] continua

Um amante do vento [4]

Ainda caminhando com meus passos sem fim, posso ver minha casa, tão solitária e sozinha como eu, essa paisagem que logo vejo em frente aos meus olhos, me faz lembrar da minha vida, um cenário de teatro arruinado, nuvens negras cobrindo meu céu e meus planos sendo jogados por água a baixo....

[...] continua 

8 de janeiro de 2010

Um amante dos ventos [3]


[...]

Como uma nuvem de chuva ela aparece em minha frente, rápida e que logo se desfaz com o vento, minhas mãos frias tentam tocá-la, mas não consegue. Derrepente uma música suave vindo do horizonte, entoa em meus ouvidos. É uma música tão bonita, tão delicada, essa musica me faz lembra de Lise, uma brilhante bailarina, uma donsela, que flutua sobre o palco e que faz de seus movimentos um espeteculo surreal, são movimentos que alegram. Essa música ainda continua a me seguir, meus passos em direção a minha casa, parecem estar acompanhando essa doce melodia. Será? Isso não pode ser. Será que estou apaixonado pela doce bailarina? Sua imagem me alegrava e me fazia flutuar na neblina que me cercava aquela noite, aquela longa noite em que o caminho aumentava a cada passo que eu dava. A neblina me acompanhava naquela jornada até minha casa.

[...] continua

7 de janeiro de 2010

Um amante do vento [2]

Minha ilusão



O vento me traz as lembraças que um dia poderá se tornar real, mas como pode ser tão real as imagens que me atormentam? É quase que impossivel descrever essa sensação, quando sinto em meu coração o amor misterioso da minha amada, onde ela está? Posso sentir quando ela me ama, é surreal, eu queria tanto poder amá-la, tocar sua face e sussurrar em seus ouvidos, mas onde eu poderei encontrá-la?
Estou voltando pra casa, mas meus passos parecem não sair do lugar, minha casa parece estar tão longe de mim. Mais uma vez a noite me espera pra me abraçar, com seus braços frios e solitários, queria poder estar com ela nesse momento, mas sei que minha única companhia agora, são meus pensamentos que insistem em me dizer que um dia eu a encotrarei.

[...] Continua

6 de janeiro de 2010

Um amante do vento...


 Com uma bengala velha e corroida pelo tempo eu ando com pouca dificuldade, o motivo pelo qual eu a uso? Não sei, a unica coisa que sei, é que  minha cabeça dói quando penso nela. Meus passos contados, meus olhos se enchem de esperança, minha mente que se atrapalha ao pensar em quão longe ela pode estar. Minha cartola esconde meus cabelos que ora o vento levava com um sopro suave. A neblina me diz que a noite ainda está presente e que o Sol irá demorar a aparecer. Seguido de um sopro gelado do vento, meu coração salta de ansiedade. Era um momento único aquela noite, onde eu estava prestes a encontrar minha amada. Sei que em minha cabeça as imagens pareciam ser reais e que ela estava presente em minha frente, mas eram apenas ilusões maldosas da minha mente pregando peças em mim...        [continua]