Uma casa velha, um sobrado antigo erguido em madeira. Cortinas amareladas que escondiam a janela quase inteira. Corpo tatuado, sem camisa, jogado numa poltrona em meio a sala cheia de vazio. O cheiro de mofo impregnado nas paredes descascadas e rachadas. Úmido, fétido, agradável. O cigarro dependurado nas mãos apoiado pelo polegar junto a dedo indicador, enquanto sua outra mão segurava uma garrafa de cerveja vazia. Desajeitado, seu corpo deslizava cada vez mais em direção ao chão, seus pés descalços pálidos e molhados com uma poça causada pela goteira. Nada importa. Largado, vazio. Despojo.
Há 8 anos
Que delicia de texto. É ótimo te ler.
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